domingo, 17 de fevereiro de 2013

Promessas e mais promessas !!!



Não é bem uma «peste grisalha», mas sim uma «peste política», com sintomas de obsessão de aparecimento e discurso em público e como, apesar dos sacrifícios impostos à população ao fim de 20 meses, não há resultados visíveis na melhoria de vida das pessoas, faz-se propaganda de ideias e de projectos que, quando, eventualmente, são decididos, terão de recuar, por não terem sido bem preparados com realismo e conhecimento correcto do País e dos dados do problema.

Quase ao mesmo tempo que é noticiado um recuo em várias questões do Ensino Especial, aparece o ministro Miguel Relvas a prometer que, sem dizer quando nem como, o “Estado irá facilitar o regresso dos jovens à agricultura”, falou de algo a que chamou «orientações estratégicas para as políticas de juventude» de que não referiu a mínima característica, referiu também, sem nada de concreto dizer, de «um plano nacional de acção na área da juventude». Também se referiu a uma «estratégia global» e disse que «em breve será também concluído o Livro Branco». Nada mais que promessas e ideias vagas sem sinal de concretização.

Afirmou que «muitos jovens querem regressar à agricultura e o Estado pode e vai ter um papel para facilitar esse regresso”», não disse a qualidade de tal papel, nem referiu a quota-parte que se espera ser representada pela agricultura na nova economia nacional em que se possa apoiar a modernização do País. Quererão convencer-nos de que venha a ser a agricultura o factor decisivo no desenvolvimento nacional?

Resumindo e apesar de muito boa vontade, não foi possível descortinar propostas concretas, as quais irão aparecer! E que poderão ser tão concretas como as promessas que temos vindo a ouvir há mais de dois anos e, das poucas que foram decididas, muitas foram sujeitas a recuos ou anuladas por impraticáveis.

O ministro referiu o programa Impulso Jovem que, como ele afirmou, constitui uma promessas tão pouco aliciante que «a sua própria filha de 21 anos não sabe o que é tal impulso»!!! Enfim, o que é ponto forte na actividade dos governantes é fazer promessas e falar de ideias que poderão nunca ser tornadas acções.

Reconhece que as condições que vêm sendo oferecidas aos jovens desempregados são de tal forma insignificantes que eles recorrem aceleradamente à emigração o que «representa uma fuga de cérebros (e de mão de obra qualificada) com prejuízos para o país». Quanto à emigração de mão de «obra especializada, a TAP sofre com a sua fuga para outras companhias aéreas.

Sobre a quantidade de promessas e de palavras vazias de conteúdo ao lado de ausência de resultados de medidas concretas levadas a cabo, traduzidas em benefício para as populações não pertencentes à «elite» política, sugere-se a leitura do penúltimo post.

Imagem de arquivo

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