quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Espírito de missão está ausente

O sentido de Estado, o sentido de responsabilidade, o espírito de missão, a dedicação no cumprimento de tarefas, são aspectos definidores do profissionalismo. E tem que haver profissionalismo para se gerarem esforços e se convergir na direcção correcta para a saída da crise e para iniciar uma nova fase do desenvolvimento do País, com vista a uma vida mais desafogada dos portugueses.

Parece que estes conceitos não suscitam controvérsia mas, no entanto, as notícias mostram que el4es estão demasiado arredados da mente dos portugueses do mais baixo ao mais alto nível das funções de cada um. Vejamos dois casos.

Notícia do PÚBLICO diz que Procurador proposto para fiscalizar SIRP "não pensou" sobre relações entre secretas e empresas. Paulo Óscar Pinto de Sousa, o nome proposto pelo PSD (com acordo do CDS) para membro do Conselho de Fiscalização dos Serviços de Informação da República Portuguesa (SIRP), disse não ter pensado sobre a relação entre empresas estratégicas e os serviços de informação. “Não pensei nisso”. Várias respostas deste senhor causaram desconforto entre os deputados.

Faz pensar na resposta do miúdo na escola «setora eu pensava que…». Porém, talvez tivesse sido melhor o «procurador» «não pensar» do que se tivesse pensado!!! Sabe-se lá qual teria sido o resultado do seu pensamento, apoiado por tão grande «sentido de responsabilidade» e tão arraigado espírito de missão!!!
Com exemplos deste género, a este nível, que esperanças podemos ter acerca do futuro de Portugal?

Mas não ficamos por aqui, pois notícia do Jornal de Notícias do mesmo dia diz que Assaltaram multibanco e segurança não deu conta que refere que o assalto à caixa multibanco nas instalações do Grupo Lena, na Quinta da Sardinha, em Santa Catarina, Leiria, passou despercebido ao segurança que se encontrava no local.

Ficam dúvidas preocupantes: que consciência tem o procurador daquilo que se espera das tarefas que lhe foram confiadas? Que conhecimento das suas qualidades tinham as entidades que o nomearam? Ou que favores foram pagos com tal nomeação? E o segurança? o que estava a fazer para não detectar o roubo? Se a ronda às instalações era demorada ao ponto de ter de deixar sem vigilância um local importante ao ponto de poder ser roubado sem ser detectado, porque não organizaram a segurança de forma eficaz?

Num momento em que Portugal tem de se reorganizar de forma «histórica», todos os esforços não são demais para se ter êxito, e é imprescindível que se corrija tudo o que não é rigoroso e eficiente.

Imagem do Google