Ao mesmo tempo que se fala de recuperação da crise, para o que se torna indispensável fazer convergir todos os esforços no sentido de um objectivo bem escolhido, de estabelecer diálogos sem conflitualidades, assiste-se ao espectáculo dado no Parlamento entre as diversas facções que desperdiçam tempo e energias em atritos que minam as vontades de colaborar.
O primeiro-ministro com dificuldades em despir a arrogância entranhada durante quatro anos avisa que «Portugal é ingovernável…» num momento em que devia deixar de se considerar o dono absoluto do destino dos portugueses e apontar as soluções para ele ser governável com o consenso dos outros partidos,
Perante esta crispação que não conduz a um diálogo profícuo, a oposição não se encolhe e reage à provocação e «Louçã acusa Sócrates de criar uma “crise política artificial”».
Mas, sempre atento e arguto, embora por vezes seja demasiado agreste na forma como se explica, «Alberto João Jardim defende diálogo sem conflitualidade». É o melhor conselho surgido nesta temporada em que as alergias estão a agravar-se quando deviam serenar e amaciar os espíritos por forma a permitirem entrar melhor as soluções aconselháveis. Veio ao encontro das muitas sugestões que aqui têm aparecido quase diariamente.
Mas, se o conselho de Alberto João Jardim não for devida e ponderadamente meditado, há que pôr os olhos no incidente em que «Berlusconi foi agredido».
As agressões a dirigentes políticos não são novidade. Há pouco mais de 100 anos foi assassinado o rei D. Carlos (1-2-1908), John Kennedy 22-11-1963 também foi vitimado por um atentado, Anwar el Sadat (6-10-1981) foi abatido por tropas da sua confiança, Indira Gandhi (31-10-1984) foi abatida por soldados da guarda ao palácio, Olof Palme (28-2-1986), Rajiv Gandhi (21-5-1991). Agora foi a vez de Berlusconi ter sido agredido em público. Para reduzir o efeito e a verdadeira justificação dizem os seus colaboradores que foi obra de um deficiente mental.
Inquestionavelmente, a violência é sempre de lamentar. Mas devemos procurar compreender as causas de tais actos. O que leva as pessoas a agir desta forma? O que está mal de parte a parte? Que meios pacíficos tem o cidadão para se defender dos abusos dos detentores do poder quando a Justiça os deixa em total impunidade?
Estas notícias de violência devem constituir, para os políticos de todo o mundo, um motivo de reflexão sobre o seu papel em relação aos interesses do País e das populações, segundo conceitos de ética, de moral, de honestidade. Devem pensar serenamente para avaliar a eficiência do seu desempenho das elevadas funções de que foram investidos. Neste momento, o conselho de Jardim merece muita, mesmo muita, atenção. A conflitualidade, além de prejuízos para o País, pode ser precursora de, violência contra os responsáveis institucionais. O caso de Berlusconi pode fazer ecos. E não há seguranças totalmente eficientes como se viu com os casos acima citados.
O primeiro-ministro com dificuldades em despir a arrogância entranhada durante quatro anos avisa que «Portugal é ingovernável…» num momento em que devia deixar de se considerar o dono absoluto do destino dos portugueses e apontar as soluções para ele ser governável com o consenso dos outros partidos,
Perante esta crispação que não conduz a um diálogo profícuo, a oposição não se encolhe e reage à provocação e «Louçã acusa Sócrates de criar uma “crise política artificial”».
Mas, sempre atento e arguto, embora por vezes seja demasiado agreste na forma como se explica, «Alberto João Jardim defende diálogo sem conflitualidade». É o melhor conselho surgido nesta temporada em que as alergias estão a agravar-se quando deviam serenar e amaciar os espíritos por forma a permitirem entrar melhor as soluções aconselháveis. Veio ao encontro das muitas sugestões que aqui têm aparecido quase diariamente.
Mas, se o conselho de Alberto João Jardim não for devida e ponderadamente meditado, há que pôr os olhos no incidente em que «Berlusconi foi agredido».
As agressões a dirigentes políticos não são novidade. Há pouco mais de 100 anos foi assassinado o rei D. Carlos (1-2-1908), John Kennedy 22-11-1963 também foi vitimado por um atentado, Anwar el Sadat (6-10-1981) foi abatido por tropas da sua confiança, Indira Gandhi (31-10-1984) foi abatida por soldados da guarda ao palácio, Olof Palme (28-2-1986), Rajiv Gandhi (21-5-1991). Agora foi a vez de Berlusconi ter sido agredido em público. Para reduzir o efeito e a verdadeira justificação dizem os seus colaboradores que foi obra de um deficiente mental.
Inquestionavelmente, a violência é sempre de lamentar. Mas devemos procurar compreender as causas de tais actos. O que leva as pessoas a agir desta forma? O que está mal de parte a parte? Que meios pacíficos tem o cidadão para se defender dos abusos dos detentores do poder quando a Justiça os deixa em total impunidade?
Estas notícias de violência devem constituir, para os políticos de todo o mundo, um motivo de reflexão sobre o seu papel em relação aos interesses do País e das populações, segundo conceitos de ética, de moral, de honestidade. Devem pensar serenamente para avaliar a eficiência do seu desempenho das elevadas funções de que foram investidos. Neste momento, o conselho de Jardim merece muita, mesmo muita, atenção. A conflitualidade, além de prejuízos para o País, pode ser precursora de, violência contra os responsáveis institucionais. O caso de Berlusconi pode fazer ecos. E não há seguranças totalmente eficientes como se viu com os casos acima citados.
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