sábado, 14 de janeiro de 2012

Quais as motivações dos políticos?

Antes de referis as duas notícias que suscitaram esta reflexão, cito uma frase do filósofo Sir Francis Bacon (1561-1626): "Não leia com o intuito de contradizer ou refutar, nem para acreditar ou concordar, tampouco para ter o que conversar, mas para reflectir e avaliar".

Segundo a notícia Polémica sobre currículo do candidato aquece campanha eleitoral à concelhia do PSD-Porto uma competição eleitoral interna gerou um lavar de roupa suja de tal maneira que saltou para fora da muralha do partido, mostrando uma faceta, que talvez esteja demasiado generalizada na política nacional, mas que mina, nos cidadãos pensantes, a confiança que gostariam de ter nos plíticos.

Destas e de outras, conclui-se que, na corrida à liderança, o que está em causa, para os profissionais da política, é tão valioso para os candidatos que lhes justifica arriscar tudo!!! A vitória permite-lhes alcançar os objectivos que parecem ser a possibilidade de nomeações futuras para instituições e empresas públicas, ou grandes empresas como GALP, Telecom, EDP, Ongoing, as nomeações para assessor, consultor, secretário de Estado, ministro, etc., tudo com remunerações, mordomias, regalias e possibilidades de tráfico de influências e de receber uns «robalos» ou umas «alheiras», além da possibilidade de conduzir, impunemente, a velocidades próprias da Fórmula 1 !!!.

Realmente, seria injusto considerá-los tão estúpidos que se arriscassem aos «sacrifícios» das campanhas eleitorais se não estivesse em jogo um enorme «jackpot». E, por isso, nesta feira de vaidades e ambições, não faltam vendedores de banha de cobra.

Relacionada com estes discutíveis conceitos éticos e de serviço público aos interesses nacionais, há a notícia Paulo Rangel pede cuidado redobrado nas nomeações para cargos dirigentes, o que mostra que, depois de numa Universidade de Verão do seu partido em Castelo de Vide ter reconhecido que política e ética não se acasalam, mostra agora com oportunidade que é preciso lembrar aos ocupantes do poder que os valores da moral não devem ser esquecidos nas decisões governativas.

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