O post A Balança colocado no Sempre Jovens por Fernanda Ferreira (Ná) suscitou-me as seguintes reflexões sobre a confusão que muitas vezes se vê fazer entre equilíbrio, estabilidade, e estagnação.
Há dias em, conversa com uma pessoa que se gabava de ser equilibrada sempre igual a si própria, tive a frontalidade de a comparar a uma peça de olaria que, sem flexibilidade, continuará sempre igual até ser destruída, até ser transformada em cacos, mesmo que seja uma preciosidade de arte antiga.
A vida não é estagnação, é movimento, flexibilidade, jogo de cintura, adaptação ao ambiente, às circunstâncias, movimento com curvas, subidas e descidas, travagens e acelerações.
Viver em equilíbrio é atravessar o obstáculo em cima do arame, sem parar, é andar de bicicleta em que não se pode parar sem um apoio externo (pôr o pé no chão ou encostar à parede) e o desvio do volante é que nos dá o equilíbrio sendo este mais fácil com o aumento da velocidade.
Por vezes, temos a tentação de elogiar o equilíbrio, a estabilidade, quando apenas se trata da estagnação, do pântano, da putrefacção, do «cada vez mais do mesmo».
Tal como o equilibrista do circo em cima do arame é preciso ter um objectivo bem determinado, com valores éticos, e depois orientar todos os passos, todos os gestos, de forma a conduzir para lá, sem cair dramaticamente pelo caminho, sem se deixar derrotar pelas pequenas contrariedades.
Na busca do equilíbrio, é verdadeira a frase «parar é morrer». É indispensável fazer face da forma mais correcta aos pequenos desequilíbrios que ocorrem permanentemente. O equilíbrio é o resultado dessa dinâmica.
Grande Angular - Novembro!
Há 1 hora
2 comentários:
Caro João,
Segundo Sebastião Ferraz amargo Penteado:
"A vida é como uma bicicleta. Quem deixa de pedalar cai." Por isso não há dúvida: "Sem movimento não há equilibrio."
Um abraço amigo.
Amigo João,
Não é amargo é Camargo! ahahahaha
abraço .
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