Transcrevo o seguinte artigo e adito uma nota si«obre os valores éticos
Os custos da ingenuidade
JN. 100310. 00h43m. Por Manuel António Pina
Tanta conversa, tanto arrepelar de cabelos, tanta "consciência tranquila" e, afinal, os portugueses não se importam com a corrupção. Até gostam de corruptos desde que apanhem algumas migalhas que caiam da mesa do banquete. A boa notícia foi dada ao Parlamento (ouvidos cínicos terão julgado escutar um grande "uff!" no hemiciclo; mas veio das galerias) por Luís de Sousa, investigador e responsável da Secção Portuguesa da Transparency International.
- Concentração de poderes;
- "recrutamento do tipo familiar, partidário, portanto recrutamento sem mérito nem qualidade";
- repressão selectiva ("peixe miúdo", diz o investigador;
- excluem-se, pois, robalos e congéneres) e sem credibilidade ("regresso às funções", em quem estaria a pensar o prof. Luís de Sousa?);
- "passagem de políticos para (...) empresas após o termo do mandato e vice-versa" (tudo mentira!),
seriam exemplos do que leva 63% dos portugueses a concluir que se pode e deve "fazer mais do que a lei permite e menos do que a ética exige".
Ficam explicados os 37% de portugueses pobres: são os ingénuos que ainda julgam que as leis são para cumprir.
NOTA: Baseada no comentário que deixei neste texto npo blogue Sempre Jovens.
Os ingénuos, como o autor lhes chama, são pessoas honestas, cumpridoras da lei, orientadas por valores éticos e de cidadania. Mas isso, como fica demonstrado, traz-lhes pobreza. 37% dos portugueses é muito.
Desta forma a sociedade, tal como é aceite pelo regime, estimula para o crime, a infracção, em vez de atrair para o comportamento exemplar.
Isto não acontece nos países evoluídos e em que as pessoas usufruem de condições de vida agradáveis, ao ponto de serem atracção de muitos dos nossos emigrantes. Há que, sem tardar, imitar aquilo que há de bom em tais países, nas actividades governativas, na escala de valores em que se apoiam, adaptando aos nossos costumes ancestrais para os modernizar progressivamente no melhor sentido.
Dizem os teorizadores do fenómeno de imitação que o ressurgimento de Portugal tem que partir dos governantes e da sua «entourage», com maior visibilidade mediática. Se o não conseguirem, o futuro do povo lusitano poderá ser dramático.
O texto enuncia muitos erros a reparar e a evitar. Enquanto não se encontrarem outros para tornar a lista exaustiva, devem começar já a deitar mão a estes e tratar de os remediar e compensar pelas virtudes que se lhes opõem.
Os portugueses merecem uma boa regeneração que não pode tardar muito.
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Há 5 horas
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