Em Cascais, há mais de dois anos, foi fechado o denominado parque de estacionamento da Praça de Touros, ao lado da Polícia, com portaria accionada por dois empregados em regime de turnos.
A Câmara permitiu que a empresa concessionada construísse a instalação para os porteiros a ocupar o passeio de lado a lado. Os peões têm de contornar a casota, pelo interior do parque ou pela faixa de rodagem o que, quando chove, implica molhar os sapatos por vezes até às meias.
O povo é sereno, obediente, apático e não partiu o «imóvel» de forma definitiva como seria moralmente justo, e a situação mantém-se.
Mas, há cerca de um mês, a empresa chegou á conclusão de que não era rentável ter que pagar a duas pessoas, para nada fazerem porque não havia clientes. Neste momento as cancelas estão na vertical facultando a entrada gratuita a qualquer carro mas, mesmo assim, o parque continua vazio.
É altura de a Câmara devolver o passeio aos peões mandando demolir aquele mamarracho inútil que prejudica quem se desloque pelo passeio e que reconstrua este, porque será menos incómodo e mais prático fazer a entrada para o parque a partir da via de acesso às moradias vizinhas. E deve ser guardado em memória, na Câmara, que se algum dia voltar a ser instalado o porteiro, não seja repetido o erro que ainda persiste e que é desnecessário, por ser mais adequado no arruamento referido.
Se é verdade que todo o mecanismo legal e jurídico funciona na prática contra os mais desfavorecidos e desprotegidos, é justo que as autarquias, que estão mais próximas dos cidadãos e melhor sentem as suas condições de vida, procurem evitar que sejam sempre os mesmos a servir de pião das nicas ou de mexilhão.
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Há 5 horas
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