Segundo o Jornal de Notícias de hoje, o presidente do conselho de administração da Sonae SGPS, à margem da apresentação de resultados do grupo, considerou "absolutamente chocantes" os "abusos importantes" na atribuição de prémios aos gestores de algumas empresas públicas, e defendeu ser "preciso corrigir isso".
Segundo Paulo Azevedo, "não são claros os processos de nomeação, não é claro o mérito" e esta situação arrisca-se a "dar mau nome à actividade de administrador".
O Correio da Manhã noticia hoje que Rui Pedro Soares, ex-administrador executivo da PT e não executivo do Taguspark, é suspeito da prática do crime de corrupção passiva no caso do contrato celebrado entre Luís Figo e o Taguspark, no início de Agosto de 2009.
Ao que o CM apurou, a investigação tem recolhido indícios que apontam para uma forte suspeita: o contrato com o ex-futebolista terá tido como contrapartida o apoio a José Sócrates e ao PS na campanha eleitoral para as legislativas de 2009.
Acerca deste administrador e de José Penedos da REN ver ao crónica do Jornal de Notícias de ontem Fome & fartura. Mas há muitos outros casos escandalosos, que circulam diariamente por e-mail.
É pena que não se moralize o sistema remuneratório seguindo as palavras de Paulo Azevedo, tornando claros, transparentes, os processos de nomeação, exigindo mérito e capacidades nos concursos de admissão, definindo claramente as funções e, em face delas, efectuar uma rigorosa avaliação do desempenho. Sem isto, se continuar esta situação, arrisca-se o descrédito público, o mau nome da actividade de administrador e dos que a desempenham. Para isso já bastam os políticos.
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