Faleceu Alberto Loureiro dos Santos, homem extraordinário, que merece todas as palavras de elogio que lhe têm sido dedicadas, quanto a acções e pensamento claro e muito positivo, a defesa de ideais estratégicos, etc. Mas, mais importante do que estas palavras desde o PR e o PM a muitos humildes colaboradores e amigos, deve ser o seguimento do exemplo de amor a Portugal que nos deixou.
Mas, infelizmente, esse exemplo não pode ser seguido num país de tacanhez de espírito, em que a ambição pessoal se sobrepõe aos interesses nacionais.
Depois dele qual foi o Ministro da Defesa que demonstrou valor semelhante? A estratégia que ele bem conhecia e seguia consiste em decisões sobre um futuro desejado bem definido e prosseguido com planos coerentes e convergentes bem coordenados na sua execução. Agora, isso não existe nem em sonhos. Pensa-se no imediato e, quanto ao amanhã, empurram-se os problemas com a barriga, dizem-se palavras bonitas, mas vagas e sem qualquer efeito na realidade. Na AR decidem-se coisas por pressão de fanáticos ou sonhadores de ideias incríveis e ilógicas, «inadvertidamente», com maior preocupação na prevaricação de declarar moradas falsas, inventar viagens às ilhas e estar presente simultaneamente em lugares diferentes, «inadvertidamente».
Os governantes devem neste momento de luto, procurar ser merecedores de termos tido entre nós um Homem tão válido e honrá-lo com a realização dos seus ideais de Português, de forma inteligente, sensata para o desenvolvimento do país através de decisões adequadas ao melhor futuro com melhor qualidade de vida para as pessoas, com o melhor da nossa tradição e cultura (conjunto de aspectos sociais consolidados com o tempo). Cultura não é fazer um «acordu urtugráfico» e impô-lo à CPLP que muitos brasileiros cultos e ilustres na escrita recusam aceitar e seguir, como se pode ler em variadas declarações vindas a público.
Se existe vida para além da morte, o General Loureiro dos Santos merece, eternamente, o paraíso.
domingo, 18 de novembro de 2018
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