segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Reformas estruturais, para quando?


Há ano e meio que andamos a ouvir promessas de reformas estruturais para serem reduzidas e racionalizadas as despesas do Estado a aumentada a competitividade, a produtividade, o investimento e a inovação, mas não se vêm medidas concretas e eficazes apesar da austeridade excessiva e da compressão dos salários e dos cortes de benefícios. Tem-se visto retirar os direitos adquiridos das classes média e baixa, enquanto os dos senhores do feudalismo dos grupos económicos são considerados sagrados e intocáveis.

Das medidas tomadas, os resultados obtidos tem sido a redução do poder de compra, a travagem da economia, com empresas a fechar lançando muita gente no desemprego e aumentando a fome e a miséria. Uma das medidas restritivas, actualmente em discussão, é a redução da indemnização por despedimento primeiro para 20 dias e depois para 12. Mas são intocáveis os privilegiados das fundações de finalidades não esclarecidas, dos observatórios, os assessores e especialistas que vegetam nos gabinetes, nomeados por compadrio com salários de nababos e de cujo trabalho não resulta perfeição nas decisões, não impedindo os erros e recuos que escurecem a imagem do Governo, as repetidas infracções à Constituição, apesar de esta ter vindo a ser considerada perfeita e intocável, etc.

Dos erros e consequentes recuos, são de salientar, por muito comentadas, as atitudes referentes a privatizações, mal preparadas, confusas e hesitantes.

Também a burocracia estatal e autárquica não tem sido reduzida ao mínimo essencial, sendo mantida para ocasionar travagem do funcionamento das actividades económicas e das vidas dos cidadãos e dar oportunidade para tráfico de influências, de corrupção e de enriquecimento ilícito, crimes para cujo combate não tem havido coragem para criar legislação.

Deseja-se que a esperança de ver estas situações resolvidas para bem de Portugal não saia gorada neste ano que agora começa durante o qual se completarão dois anos do actual Governo. Nesse sentido, embora as decisões vindas a público não sejam favoráveis aos portugueses mais carentes, o PM espera que portugueses vejam «luz ao fundo do túnel», mas isso só poderá acontecer aos que entrarem em estado comatoso devido a fome e a desespero, sendo mais credível a opinião de Mota Amaral, quando diz que insistir em 2013 nas medidas que não deram resultado em 2012 conduzirá a vir repetir-se em 2014, certamente em tom maior, o que será o “alastramento de verdadeira catástrofe”.

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