quarta-feira, 7 de maio de 2014

PROMESSAS, ELEITORAIS ELEIÇÕES E OS CIDADÃOS


O artigo que tem por título a frase do Professor Marcelo Rebelo de Sousa «Promessas não cumpridas afastam portugueses da política» sugeriu mais uns retoques numas reflexões congeminadas há algum tempo atrás.

PROMESSAS ELEITORAIS E ELEIÇÕES, EIS UM PONTO QUE MERECERIA MAIS REFLEXÃO DOS PORTUGUESES ELEITORES. O esquema mais generalizado é votar em listas, o que, entre outros pontos, faz reflectir, nos seguintes três:

1- Os eleitores deviam conhecer o mais possível das qualidades e defeitos de cada elemento constante da lista mas,na maior parte dos casos nem se sabe o nome. E este, mesmo que conhecido, nada diz pois um bom nome de família como o de uma escola conceituada nada garante porque de boas famílias de escolas de bom nome podem sair péssimos escroques, formados na malandrice, auto-didacticamente e com apoio de más companhias;

2- Depois, perante as listas mesmo que conhecidos os seus elementos, a tentação de muitos eleitores será votar no partido em que têm votado há anos que é uma atitude cómoda, preguiçosa, pouco racional, em que se está disposto a aceitar e até procurar aplaudir os erros que ocorrerem depois;

3- Mas há eleitores sem apego forte a qualquer dos  partido mas com amor Portugal dizem desejar votar no menos mau, depois de analisar atentamente as diversas promessas eleitorais,o que constitui uma tarefa bem intencionada,com aspecto patriótico, mas difícil por não ser fácil escolher entre as diversas descrições de paraísos oníricos em que cessam toas as dificuldades de que o passado canta e nos é prometido o mundo mais maravilhosos que algumas vez imaginámos ser possível. Todas as propagandas têm promessas miríficas que nos deixam encantados. Vários afectos instalados na nossa mente nos levam a escolher um deles e depois saltam as desilusões, e a primeira destas ocorre na publicitação dos resultados eleitorais, quando o nosso seleccionado não ganha. Mas se o nosso preferido obteve a vitória, a euforia dura pouco, porque depressa saberemos que o papel das promessas foi rasgado pelo cabeça da lista, imediatamente após saber da vitória, e depois, passa a decide a seu belo prazer, por intuição, com determinação, custe a quem custar, porque ele pensa: quero, posso e mando. E muitos eleitores se arrependem de ter dado o apoio a tal biltre. E esse desconsolo surge mesmo que seja apenas um o mau actor O eleitor deseja ver em qualquer eleito um modelo de virtude, saber e de sentido do dever de respeitar as promessas feitas.

E na eminência de decidir nas urnas, o eleitor sente-se perante um cruzamento tão complexo,com tantos ramais mal definidos, e fica parado, indeciso, sem saber o que fazer. Cada um, sozinho, no seu labirinto, sente-se sem coragem para avançar para uma solução. E então aparece um tipo bem falante, muito convincente a dizer o que se deve fazer. E o Zé Povinho perante esse sábio, recorda-se do seu pai que morreu de uma dor por ter acreditado no vendedor da banha da cobra que disse ser esse o remédio santo.

Por isso, goste-se ou não do professor Marcelo Rebelo de Sousa temos que concordar com ele quando disse que "Promessas não cumpridas afastam portugueses da política". Deu, assim, um óptimo recado aos candidatos às eleições. Pensem bem em cada promessa antes de a anunciar.«De boas intenções está o inferno cheiro» diz o saber popular.

Imagem de arquivo

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