De hoje a uma semana, haverá eleições de que resultará um Governo, novo Poder Executivo, que deverá definir objectivos claros, de médio e longo prazo, para os sectores essenciais da Nação. Tais escolhas de objectivos devem resultar de estudos bem pensados, sólidos, das causas e condicionamentos dos problemas que precisam de solução, e de ideias estratégicas focadas num futuro melhor. Depois, deve proceder uma organização simples, sem burocracias desnecessárias, e eficaz para os concretizar de forma adequada.
O pessoal que, nos serviços públicos, terá a responsabilidade de realização das tarefas para a realização dos objectivos nacionais, deve ser escolhido, não por motivos de amizade ou família ou clubismo, mas em resultado de uma escolha serena e ponderada de pessoas que tenham preparação e experiência para o efeito.
Quanto a decisões dos governantes, é imperioso que os seus autores tenham consciência de que as palavras nada valem só por si se não forem traduzidas em acções adequadas. Por isso, não basta decidir e escrever despachos, comunicados, etc., pois é indispensável preparar tudo, com realismo, para serem obtidos os resultados desejados. Não deve voltar a acontecer como com a decisão de ELIMINAR OS PLÁSTICOS e, depois de algum tempo, os governantes lamentarem ter ficado tudo na mesma, porque não foram difundidas as necessárias instruções e comunicações sobre as condições e modalidades de acção para que isso resultasse. Faltaram preparativos de instrução e de criação de ambiente para as empresas alterarem os seus procedimentos de aquisição e utilização de outros instrumentos, e para os consumidores aderirem com entusiasmo à alteração dos seus comportamentos na utilização e no destino final.
As pessoas devem ser, permanentemente, consideradas o alvo superior em qualquer decisão. Esta deve ser devidamente ponderada quanto aos efeitos desejados e as pessoas devem ser ouvidas para se conseguir calcular a sua adesão e criar nelas bom espírito de colaboração naquilo que se destina a melhorar a sua qualidade de vida. As decisões tomadas por capricho ou inspiração pessoal imediata, raramente, resultam de forma correcta como aconteceu na de transferir para o Porto o INEM.
Depois de estudar as causas e condicionamentos dos problemas e de ouvir pessoas que os conhecem e de tomada decisão, convertida ou não em documento legal, para que os resultados sejam os desejados, é essencial o acompanhamento das actividades, para correcção e melhoramento das comunicações a fim de conseguir a melhor colaboração de todos os executantes e, a partir daí, se necessário, decidir medidas adicionais que tornam a adesão mais motivadora e entusiástica.
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