Muitas vezes é difícil compreender o que acontece. Mas ao reflectirmos e juntarmos peças do «puzzle», começa a fazer-se luz.
Passos apela aos portugueses que se aliem independentemente do partido, colocando de lado as suas cores políticas e os seus interesses pessoais, para garantir que o país se voltará a erguer. Este apelo, semelhante a muitos que ouvimos e lemos, desde há cerca de três anos, parece ter algo de patético e ter saído de cabeça mal recheada de algum conselheiro ou assessor pouco ciente das realidades e das condições de comunicar com as pessoas. A forma mais eficaz de obter a adesão dos portugueses seria usar a regra de explicar as respostas às perguntas: o quê? porquê? para quê? Como? Quais os resultados esperados? O que deve fazer cada cidadão? De tal forma mostraria, com o pormenor possível, aquilo que se deseja obter e não se limitaria a usar palavras vagas que se traduzem apenas em. «Ajudem o governo para continuar a fazer o mesmo que tem vindo a fazer». Somos levados a recordar as palavras de Rui Machete referidas em Rui Machete critica "podridão dos hábitos políticos".
É preciso explicar aos portugueses mais humildes qual é o objectivo concreto, o que cada um deve fazer e qual o benefício que obterá. Esclarecido isso, cada um se sentirá motivado para colaborar. A grande campanha da nossa História – os descobrimentos – não se conseguiu com campanhas televisivas (!!!) Houve que consciencializar sobre o objectivo de procurar uma via alternativa às caravanas da «rota da seda» e das especiarias. E não faltaram voluntários que atraíram e motivaram as suas equipas.
O Governo não deve pedir ao povo que se una às suas soluções, mas deve começar por se unir ao povo para conhecer as suas dificuldades e ajudá-lo a resolvê-las da forma mais adequada. Ora o PM tem-se mostrado orgulhoso por ignorar o povo, as suas manifestações pacíficas de indignação e as suas greves, que têm sido a forma de luta mais usada.
E o resultado do que o Estado tem vindo a fazer, com o argumento de «custe o que custar», ficou claro na notícia Os multimilionários portugueses são mais e estão mais ricos. E no outro extremo da sociedade, aparece o aumento crescente da fome e da pobreza com o elevado número de óbitos que a propaganda tendenciosa atribui à «onda de calor do Verão», sem referir as dificuldades com a saúde, a pobreza crescente, a ansiedade, a insegurança quer doméstica quer na rua.
Por coincidência e quase simultaneamente parecendo ser uma resposta ao apelo do PM surge notícia da Freguesias querem ter “papel activo” na reforma do Estado. Estarão as freguesias cientes do interesse do Governo? Como irá reagir o Governo a esta atitude de aliança colaborante? Ela pode constituir um teste à sinceridade do apelo. Ou será que o apelo se enquadra no sistema do «vale tudo para vencer» descrito em Campanhas ao negro?
Apresente-se ao povo algo credível e motivador e ele, certamente, aderirá, mas parece que já não se deixa levar por fantasias e promessas de «banha de cobra», de quem já deixou muitas promessas por cumprir. Explique-se para motivar a adesão.
Imagem de arquivo
Passos apela aos portugueses que se aliem independentemente do partido, colocando de lado as suas cores políticas e os seus interesses pessoais, para garantir que o país se voltará a erguer. Este apelo, semelhante a muitos que ouvimos e lemos, desde há cerca de três anos, parece ter algo de patético e ter saído de cabeça mal recheada de algum conselheiro ou assessor pouco ciente das realidades e das condições de comunicar com as pessoas. A forma mais eficaz de obter a adesão dos portugueses seria usar a regra de explicar as respostas às perguntas: o quê? porquê? para quê? Como? Quais os resultados esperados? O que deve fazer cada cidadão? De tal forma mostraria, com o pormenor possível, aquilo que se deseja obter e não se limitaria a usar palavras vagas que se traduzem apenas em. «Ajudem o governo para continuar a fazer o mesmo que tem vindo a fazer». Somos levados a recordar as palavras de Rui Machete referidas em Rui Machete critica "podridão dos hábitos políticos".
É preciso explicar aos portugueses mais humildes qual é o objectivo concreto, o que cada um deve fazer e qual o benefício que obterá. Esclarecido isso, cada um se sentirá motivado para colaborar. A grande campanha da nossa História – os descobrimentos – não se conseguiu com campanhas televisivas (!!!) Houve que consciencializar sobre o objectivo de procurar uma via alternativa às caravanas da «rota da seda» e das especiarias. E não faltaram voluntários que atraíram e motivaram as suas equipas.
O Governo não deve pedir ao povo que se una às suas soluções, mas deve começar por se unir ao povo para conhecer as suas dificuldades e ajudá-lo a resolvê-las da forma mais adequada. Ora o PM tem-se mostrado orgulhoso por ignorar o povo, as suas manifestações pacíficas de indignação e as suas greves, que têm sido a forma de luta mais usada.
E o resultado do que o Estado tem vindo a fazer, com o argumento de «custe o que custar», ficou claro na notícia Os multimilionários portugueses são mais e estão mais ricos. E no outro extremo da sociedade, aparece o aumento crescente da fome e da pobreza com o elevado número de óbitos que a propaganda tendenciosa atribui à «onda de calor do Verão», sem referir as dificuldades com a saúde, a pobreza crescente, a ansiedade, a insegurança quer doméstica quer na rua.
Por coincidência e quase simultaneamente parecendo ser uma resposta ao apelo do PM surge notícia da Freguesias querem ter “papel activo” na reforma do Estado. Estarão as freguesias cientes do interesse do Governo? Como irá reagir o Governo a esta atitude de aliança colaborante? Ela pode constituir um teste à sinceridade do apelo. Ou será que o apelo se enquadra no sistema do «vale tudo para vencer» descrito em Campanhas ao negro?
Apresente-se ao povo algo credível e motivador e ele, certamente, aderirá, mas parece que já não se deixa levar por fantasias e promessas de «banha de cobra», de quem já deixou muitas promessas por cumprir. Explique-se para motivar a adesão.
Imagem de arquivo
1 comentário:
A que ponto chegou a pobreza em Portugal
Cáritas teve aumento de 20% de pedidos de ajuda
Este é um mal-estar social que se tem agravado com o actual Governo.
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