Quis aqui publicar um texto que li há alguns anos mas não o encontrei e, como o acho com interesse didáctico, vou tentar reproduzir a ideia nele contida:
Um pai, estando adoentado e prevendo que a vida não se iria prolongar muito mais, chamou um dos quatro filhos, por altura do Natal, e pediu: Pegas num caderno e numa caneta , vais pela estrada que conduz à cidade e, ao chegares à casa dos cantoneiros, quando começa a descida para o rio, sentas-te na pedra que está do lado esquerdo e fazes uma redacção descrevendo, de forma pormenorizada, aquilo que vês na paisagem, à tua frente.
Quando o filho chegou e lhe leu a redacção ele apreciou o cuidado com que foi elaborada e guardou-a na arca onde tinha documentação de interesse. Nada disse aos outros rapazes sobre isso.
Pela Páscoa chamou o segundo filho e fez-lhe igual pedido, obtendo igual resultado e guardando a redacção. Pelo S. João repetiu a mesma atitude com o terceiro filho e, na época das vindimas, antes de começarem as aulas, fez o mesmo com o quarto filho.
Passados dias, de posse dos quatro papéis, reuniu os quatro filhos e, sucessivamente, entregou a cada um a sua redacção e disse para a ler. Eram descrições todas diferentes. Perguntou a cada um se sabia qual era a paisagem descrita pelo irmão e a resposta foi negativa pois as descrições eram todas diferentes embora tivessem uma qualidade quase fotográfica.
O pai revelou, então, que cada um deles tinha escrito a sua redacção no mesmo local de todos os outros. A paisagem é geograficamente a mesma mas em datas diferentes. Tratava-se de quatro verdades acerca da mesma coisa e nada havia de comum. A verdade é coisa subjectiva e depende de muitos factores: ponto de vista, momento, condições do observador, etc, etc. Não há um detentor único da verdade, nem verdade absoluta. Cada um tem a sua e convém que ela seja bem fundamentada e definida com clareza e racionalidade.
Por ajoaosoares
Imagem do Google
Um pai, estando adoentado e prevendo que a vida não se iria prolongar muito mais, chamou um dos quatro filhos, por altura do Natal, e pediu: Pegas num caderno e numa caneta , vais pela estrada que conduz à cidade e, ao chegares à casa dos cantoneiros, quando começa a descida para o rio, sentas-te na pedra que está do lado esquerdo e fazes uma redacção descrevendo, de forma pormenorizada, aquilo que vês na paisagem, à tua frente.
Quando o filho chegou e lhe leu a redacção ele apreciou o cuidado com que foi elaborada e guardou-a na arca onde tinha documentação de interesse. Nada disse aos outros rapazes sobre isso.
Pela Páscoa chamou o segundo filho e fez-lhe igual pedido, obtendo igual resultado e guardando a redacção. Pelo S. João repetiu a mesma atitude com o terceiro filho e, na época das vindimas, antes de começarem as aulas, fez o mesmo com o quarto filho.
Passados dias, de posse dos quatro papéis, reuniu os quatro filhos e, sucessivamente, entregou a cada um a sua redacção e disse para a ler. Eram descrições todas diferentes. Perguntou a cada um se sabia qual era a paisagem descrita pelo irmão e a resposta foi negativa pois as descrições eram todas diferentes embora tivessem uma qualidade quase fotográfica.
O pai revelou, então, que cada um deles tinha escrito a sua redacção no mesmo local de todos os outros. A paisagem é geograficamente a mesma mas em datas diferentes. Tratava-se de quatro verdades acerca da mesma coisa e nada havia de comum. A verdade é coisa subjectiva e depende de muitos factores: ponto de vista, momento, condições do observador, etc, etc. Não há um detentor único da verdade, nem verdade absoluta. Cada um tem a sua e convém que ela seja bem fundamentada e definida com clareza e racionalidade.
Por ajoaosoares
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