Parece ir longe o tempo em que Gaspar abusava repetidamente dos verbos «garantir» e «assegurar», como aqui foi várias vezes referido. Pessoa medianamente atenta veria que não havia lugar para tais garantias, antes pelo contrário, as dúvidas eram muitas e as competências não se apresentavam á altura das necessidades para encarar a realidade e encontrar soluções adequadas. Tratava-se apenas de arrogância de governante caloiro vítima de exagerada autoestima e demasiado confiante nos livros por que aprendeu. Esquecia que tais livros fioram publicados há alguns anos e assentavam em factos muito anteriores, o que pouco ajudava a decifrar situações actuais de um mundo muito diferente do de ontem. Mais do que regras desactualizadas, são necessários métodos de análise e de preparação das decisões, sem nunca esquecer que governar é defender o bem-estar e a felicidade das pessoas, dos portugueses, principalmente os mais modestos agentes da economia.
Mas, agora, já admite que andava nas nuvens e que a redução da dívida é tarefa para "muitos anos" e que, em vez de medidas avulso e desconexas, "Portugal terá de concretizar uma trajetória sustentada de redução de dívida pública durante muitos anos". Tal afirmação não foi surpresa, só sendo de estranhar que demorasse quase um ano a surgir, depois de insistir nos números que desencadearam a tragédia nacional de reduzir o poder de compra das classes mais desfavorecidas, com consequente quebra na facturação do comércio, encerramento de firmas comerciais e industriais, desemprego, com menos impostos recebidos e mais subsídios de desemprego a pagar. Enfim, uma austeridade que, por ser mal preparada e decidida, em vez de curar, agravou a patologia.
As notícias faziam esperar do ministro a sua descida ao terreno prático, pois, por exemplo, o défice orçamental terá ficado nos 7,4% no 1º trimestre quando havia o compromisso (garanto que… asseguro que…) de ser de 4,5%. E o fisco enganou-se nas contas e receita de IRS pode não ser tão boa. Um esforço indispensável deve ser orientado para evitar erros e para prepara com muito rigor qualquer decisão, mesmo que pareça trivial, seguindo o método de pensar antes de decidir.
E para melhorar a eficiência da acção governativa, nem é preciso espreitar o que pensam os «sábios» estrangeiros, pois temos cá quem (Teodora Cardoso) tenha ideias práticas, como estas «é preciso um programa claro, não bastam listas de medidas, isso não vale a pena fazer, mas uma lógica de medidas que tem de ser acompanhada pela prestação de contas. O Governo tem de empenhar-se na explicação das medidas que toma em matéria de finanças públicas e de política económica.»
«É preciso tornar muito claro que nós não estamos a tentar unicamente corrigir algumas coisas para depois voltar ao passado mas estamos efectivamente a propor-nos mudar de vida». «Portugal tem de «pensar pela própria cabeça e ir além do que nos mandam».
Esperemos que Gaspar assente bem os pés na realidade e, a partir daí, utilize uma boa metodologia de preparação de decisões, não para voltarmos ao «statu quo ante» mas para reorganizarmos o País de forma mais adequada a maior justiça social e ao crescimento da riqueza nacional.
Imagem do Google
Mas, agora, já admite que andava nas nuvens e que a redução da dívida é tarefa para "muitos anos" e que, em vez de medidas avulso e desconexas, "Portugal terá de concretizar uma trajetória sustentada de redução de dívida pública durante muitos anos". Tal afirmação não foi surpresa, só sendo de estranhar que demorasse quase um ano a surgir, depois de insistir nos números que desencadearam a tragédia nacional de reduzir o poder de compra das classes mais desfavorecidas, com consequente quebra na facturação do comércio, encerramento de firmas comerciais e industriais, desemprego, com menos impostos recebidos e mais subsídios de desemprego a pagar. Enfim, uma austeridade que, por ser mal preparada e decidida, em vez de curar, agravou a patologia.
As notícias faziam esperar do ministro a sua descida ao terreno prático, pois, por exemplo, o défice orçamental terá ficado nos 7,4% no 1º trimestre quando havia o compromisso (garanto que… asseguro que…) de ser de 4,5%. E o fisco enganou-se nas contas e receita de IRS pode não ser tão boa. Um esforço indispensável deve ser orientado para evitar erros e para prepara com muito rigor qualquer decisão, mesmo que pareça trivial, seguindo o método de pensar antes de decidir.
E para melhorar a eficiência da acção governativa, nem é preciso espreitar o que pensam os «sábios» estrangeiros, pois temos cá quem (Teodora Cardoso) tenha ideias práticas, como estas «é preciso um programa claro, não bastam listas de medidas, isso não vale a pena fazer, mas uma lógica de medidas que tem de ser acompanhada pela prestação de contas. O Governo tem de empenhar-se na explicação das medidas que toma em matéria de finanças públicas e de política económica.»
«É preciso tornar muito claro que nós não estamos a tentar unicamente corrigir algumas coisas para depois voltar ao passado mas estamos efectivamente a propor-nos mudar de vida». «Portugal tem de «pensar pela própria cabeça e ir além do que nos mandam».
Esperemos que Gaspar assente bem os pés na realidade e, a partir daí, utilize uma boa metodologia de preparação de decisões, não para voltarmos ao «statu quo ante» mas para reorganizarmos o País de forma mais adequada a maior justiça social e ao crescimento da riqueza nacional.
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