Uma medida sócio-política ou económica ou de outro sector da vida, em princípio, resulta de um estudo e de comparações entre várias hipóteses possíveis, e da escolha de uma destas, depois de avaliadas as vantagens e os inconvenientes de cada uma. Por vezes, a escolha não é fácil porque nada é isento de inconvenientes e a decisão pode ficar dependente da maior ou menor cotação atribuída a um dos factores.
Por isso, nada é isento de críticas, principalmente por parte daqueles que se debruçam obsessivamente sobre um factor que consideram mais importante. E, como há liberdade de expressão, cada um pode emitir a sua maneira de ver as coisas, a discordância com uma ou outra medida.
No entanto, quando o País se encontra perante uma crise que exige as mais correctas decisões em todos os aspectos, todas as opiniões e sugestões devem ser positivas e orientadas para os melhores objectivos nacionais e, nessa ordem de ideias, deve evitar-se perder tempo com variações semânticas, palavras com sonoridade mas sem conteúdo prático, malabarismos oratórios, recordando a «guerra do alecrim e da manjerona». Deve ser dada prioridade à estrutura do edifício e, só depois, aos enfeites da fachada.
D. Januário Torgal comparou Passos Coelho a Salazar tendo, em declarações à TSF, usando a sua conhecida frontalidade, dito que “Portugal não tem Governo neste momento, e vão certos senhores dar uma passeata um certo dia a fazer propaganda tipo União Nacional, de não saudosa memória, pelo país a dizer que somos os melhores do mundo”, e continuou: “Ao fim, ainda aparece um senhor que, pelos vistos, ocupa as funções de primeiro-ministro, dizendo obrigado à profunda resignação de um povo tão dócil e amestrado que merecia estar num jardim zoológico”. E referiu “parecia-me que estava a ouvir o discurso de certa pessoa há 50 anos atrás”.
Segundo o conceito expresso no início destas reflexões, estas palavras pouco têm de positivo para a escolha de pistas de saída da crise sócio-económica, embora façam uma crítica a palavras de «água destilada», inócuas, e sem interesse de alguém que devia preocupar-se mais em apontar aos portugueses factos reais de interesse para a vida nacional. As palavras de Torgal não parecem ser de nível inferior a estas.
Mas, na mesma passagem ao lado do que poderia ser importante para os portugueses e para sua motivação para lutar pela vida surgiu Marques Mendes a dizer que "comparar Passos Coelho a Salazar não é só ridículo. É ofensivo." E que o "senhor bispo não precisa de ser elogioso. Cada um tem as ideias que quer. O que não devia era ser insultuoso. E foi."
As palavras de Luís Manuel Gonçalves Marques Mendes (ex-presidente do PSD, actual comentador político no canal TVI 24, agraciado pelo Presidente da República com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique (2008) podem não ser consideradas «insultuosas», mas pecam por ser pouco comedidas e tolerantes para uma opinião que lhe não agrada. Com a sua vasta experiência na função pública e na política, bem podia aproveitar as suas aparições públicas para sugerir pistas práticas, viáveis, adequadas, para o crescimento nacional, em áreas como o emprego, o ensino, a saúde, a justiça, a segurança, etc.
No momento actual não podemos desperdiçar recursos, sejam tempo, palavras ou ideias, cada um na sua área de influência e de acordo com as suas capacidades.
Imagem de arquivo
Por isso, nada é isento de críticas, principalmente por parte daqueles que se debruçam obsessivamente sobre um factor que consideram mais importante. E, como há liberdade de expressão, cada um pode emitir a sua maneira de ver as coisas, a discordância com uma ou outra medida.
No entanto, quando o País se encontra perante uma crise que exige as mais correctas decisões em todos os aspectos, todas as opiniões e sugestões devem ser positivas e orientadas para os melhores objectivos nacionais e, nessa ordem de ideias, deve evitar-se perder tempo com variações semânticas, palavras com sonoridade mas sem conteúdo prático, malabarismos oratórios, recordando a «guerra do alecrim e da manjerona». Deve ser dada prioridade à estrutura do edifício e, só depois, aos enfeites da fachada.
D. Januário Torgal comparou Passos Coelho a Salazar tendo, em declarações à TSF, usando a sua conhecida frontalidade, dito que “Portugal não tem Governo neste momento, e vão certos senhores dar uma passeata um certo dia a fazer propaganda tipo União Nacional, de não saudosa memória, pelo país a dizer que somos os melhores do mundo”, e continuou: “Ao fim, ainda aparece um senhor que, pelos vistos, ocupa as funções de primeiro-ministro, dizendo obrigado à profunda resignação de um povo tão dócil e amestrado que merecia estar num jardim zoológico”. E referiu “parecia-me que estava a ouvir o discurso de certa pessoa há 50 anos atrás”.
Segundo o conceito expresso no início destas reflexões, estas palavras pouco têm de positivo para a escolha de pistas de saída da crise sócio-económica, embora façam uma crítica a palavras de «água destilada», inócuas, e sem interesse de alguém que devia preocupar-se mais em apontar aos portugueses factos reais de interesse para a vida nacional. As palavras de Torgal não parecem ser de nível inferior a estas.
Mas, na mesma passagem ao lado do que poderia ser importante para os portugueses e para sua motivação para lutar pela vida surgiu Marques Mendes a dizer que "comparar Passos Coelho a Salazar não é só ridículo. É ofensivo." E que o "senhor bispo não precisa de ser elogioso. Cada um tem as ideias que quer. O que não devia era ser insultuoso. E foi."
As palavras de Luís Manuel Gonçalves Marques Mendes (ex-presidente do PSD, actual comentador político no canal TVI 24, agraciado pelo Presidente da República com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique (2008) podem não ser consideradas «insultuosas», mas pecam por ser pouco comedidas e tolerantes para uma opinião que lhe não agrada. Com a sua vasta experiência na função pública e na política, bem podia aproveitar as suas aparições públicas para sugerir pistas práticas, viáveis, adequadas, para o crescimento nacional, em áreas como o emprego, o ensino, a saúde, a justiça, a segurança, etc.
No momento actual não podemos desperdiçar recursos, sejam tempo, palavras ou ideias, cada um na sua área de influência e de acordo com as suas capacidades.
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