domingo, 11 de julho de 2010

Promiscuidade entre política e empresas

Depois dos posts O amiguismo alargado e O amiguismo por outra óptica, surge agora a notícia Assessor dirige firma de chips que torna público que«um assessor do secretário de Estado Paulo Campos deixou o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações para assumir o cargo de administrador executivo em Portugal da Q-Free, empresa fornecedora dos chips de matrícula que o Governo queria usar nas Scut.

«Pedro Bento foi assessor do governante até que, em Outubro do ano passado, passou para a administração da empresa pública que gere o sistema de pagamentos nas auto-estradas. O gestor pediu uma licença sabática em Janeiro último, e, em Março, assumiu a direcção da representação portuguesa da marca norueguesa que forneceu os equipamentos electrónicos instalados nos pórticos das três Scut que vão ser portajadas e os controversos chips.

«Esta não é, porém, a primeira vez que um ex-assessor de Paulo Campos se vê envolvido em polémica. Em 2006, Vasco Gueifão, um dos fundadores da F9 Consulting – empresa a quem foram adjudicados por ajuste directo estudos sobre a introdução de portagens em três Scut –, foi nomeado para assessor na Secretaria de Estado, mantendo o vínculo à consultora.»


Outra notícia, PCP pondera alterações à fiscalização de altos cargos, evidencia que já há sensibilidades nas bancadas da AR, pelo menos de um partido, para esta mistura de interesses, simultâneos ou alternados, na mente de servidores públicos em cargos de responsabilidade ou de influência nas decisões governamentais. À mulher de César não basta ser séria; é preciso também parecer.

Imagem da Internet.

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