(Public em O DIABO nº 2437 de 15-09-2023, pág 16. Por António João Soares)
Há
poucos anos, um artigo de jornal da autoria de um experiente médico reformado
colocava tal previsão depois de referir algumas atitudes públicas noticiadas
acerca de casos ocorridos sem reacção dos poderes políticos.
Mais recentemente,essa dúvida surge reforçada com demasiadas atitudes de aspecto humanamente
criminoso. Por exemplo, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia em vez de ser
terminada com acordo entre as partes baseado em apoios internacionais de
potências que deviam ser respeitadas devido ao seu elevado potencial militar,
continua sempre activa a provocar danos materiais e perdas de vida que deviam
ser evitadas. Potências que deviam colocar-se nessa função pacífica, estão a
aproveitar-se do conflito para obter vantagens financeiras do fornecimento de
armamentos e munições de que resultarão mais homicídios, a juntar aos muitos já
ocorridos. Infelizmente, vê-se que os dirigentes dos Estados, em vez de se
interessarem por criar um ambiente de paz e de harmonia social, colocam acima
dos direitos humanos dos seus cidadãos e dos estrangeiros a pressão do vil
metal. Colocam a humanidade a servir de instrumentos de produção de riqueza para
se considerarem dominadores do mundo.
Em vez de procurarem contribuir para um
futuro e um mundo mais pacífico e mais harmonioso procurando que todos os
cidadãos dêm as mãos em colaboração para todos construirmos um Mundo melhor em
que possamos viver amigavelmente como irmãos com grandes objectivos partilhados
por todos, com a possível igualdade e liberdade, sem raivas, nem invejas, nem
ambições, nem ostentações, nem necessidade de corrupção ou de pagar favores. A
construção de um mundo melhor, com ética, moralidade, verdade e respeito mútuo,
tem que ser obra criada com a participação colectiva, sem limites geográficos
nem de fronteiras políticas. A ONU deve ser a mãe dessa obra absolutamente
necessária e respeitável por todos, sem excepções.
Quem não alinhar neste projecto não merece ser respeitado como respeitado como ser humano e deve ser
considerado autor do existente projecto de eliminação da espécie humana da
superfície do planeta. Tal projeto deve ser colocado no balde destinado à
reciclagem do mundo que devemos desejar e cujos traços tenho aqui vindo a
esboçar. A exterminação prevista por alguns pensadores pode decorrer nas
gerações dos nossos filhos ou netos, mas seria desejável que lhes deixássemos de
herança a ideia da criação de uma nova humanidade em que pudessem viver sem
violências como aquelas que estão acontecendo por todo o planeta e pudessem ser
os iniciadores de seres humanos mais respeitáveis do que os seus antepassados.
É
de lamentar que apareçam activistas para muitas actividades públicas sem real
benefício para as populações mais desfavorecidas e não surjam pessoas que ajam
para bem do sociedade em geral e que incidam nas formas de educar a juventude
para agir conscientemente na transformação da população para gerar movimentos
altamente positivos para a construção de uma sociedade para criar um mundo mais
coeso e dedicado ao espírito de bem-fazer de forma coordenada em favor de de um
futuro mais seguro, harmonioso e pacífico em que as pessoas fossem dedicadas em
agir correctamente em benefício recíproco sem competição para actuar contra os
objectivos aceites colectivamente.
Em vez de armas e objetos contundentes deve fazer-se aquisição de sistemas que produzam educação, cooperação e construção de coisas úteis para uma evolução que torne o mundo melhor onde tudo seja para bem
de todos e de cada um. Os serviços de comunicação social deviam rever as suas
finalidades e deixarem de perder tempo com propagandas de ninharias sem a mínima
utilidade social para evolução da actividade mental dos seus espectadores, em
vez de desenvolvimento e ampliação das capacidades mentais para evolução de
actividades competitivas que apenas servem como ferramentas financeiras para
criar ricaços.
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