Polícia, segurança e harmonia social
(Publicado no Semanário DIABO em 5 de Fevereiro de 2019)
A canção que ataca o “polícia racista” já é antiga, mas agora, com apoio de “patriotas” do BE, tornou-se estrondosamente ruidosa, com palcos nos subúrbios mais ou menos afastados da capital e mais ou menos dominados pela esquerda. Está a chegar ao ponto de o agente da autoridade de segurança pública, ao presenciar um delito lesivo da segurança e da boa ordem pública, ter que observar o malandro a quem devia ser aconselhada serenidade, porque se ele tiver cor escura, é melhor fingir que não o vê, cruzar os braços e deixar o “imune” totalmente impune e intocável a fim de não incorrer no risco de ser considerado racista, fascista, nazista, tudo menos comunista.
E, mesmo que, estando imóvel e seja alvo de pedradas arrancadas da calçada e que, ao seu lado, um outro agente esteja a sangrar por ter sido atingido na cara por uma dessas pedras, a Comunicação Social, vocacionada para o politicamente correcto, leva-o ao conhecimento público como um terrível facínora e racista. E os do Poder logo falam de inquérito e a Justiça condena-o, ao mesmo tempo que manda em liberdade um dos malandros que se tenha deixado deter.
E quando se chegar a tal estado de inoperância dos agentes, para não serem acusados e condenados por racismo e abuso de autoridade, com que podem contar os contribuintes como garantia da sua segurança pessoal e dos seus haveres? Nesse ponto, para que servem as forças policiais e a Justiça?
Mas, afinal, que papel atribuem ao polícia? Será que em vez de levar o malandro a tribunal, deve deixar-se apedrejar, insultar, etc, por ele? Ou só pode exercer a sua autoridade em pessoas brancas, para não ser acusado de racismo? Ou será tais tipos são, como os deputados, imunes e impunes? Há estrangeiros que não devem permanecer em Portugal, para não serem infectos no meio do nosso povo. Haja sentido de Estado nas decisões dos governantes.
Precisamos de uma polícia consciente dos seus deveres para com a sociedade e, para isso, os comandantes da PSP devem mostrar coragem perante os seus homens e perante os portugueses a fim continuarmos a dispor de profissionais bem preparados e com sentido do dever para garantir a indispensável segurança e merecer a confiança e o respeito na autoridade policial.
A Polícia não pode estar condenada a manter-se de braços cruzados ou a dar protecção e segurança a malfeitores e condenados. Deve ser apreciada pela administração pública, sempre que agir para segurança do povo e dos seus bens. Os apóstolos, PR e PM recomendam-lhe serenidade (!!!) que é uma linda pregação, que não tem sido explicada nem aplicada para defesa dos interesses nacionais e da boa qualidade de vida dos portugueses. Em vez de conselhos práticos e bem ponderados ligados a acções exemplares, dizem palavras vãs sem exemplos práticos. E a serenidade não deve apenas ser exigida à polícia mas, principalmente, à generalidade da população em que há energúmenos que não respeitam os direitos das pessoas nem a lei nem os agentes da autoridade que se arriscam a grandes sacrifícios para apoio da harmonia e paz social em benefício de todos. O futuro de Portugal precisa de acções racionais, correctas e coerentes e não de palavras e intenções falaciosas e sem aplicação prática. A melhor propaganda do valor dos partidos deve assentar em acções em benefício da generalidade dos portugueses e elogios dos bons resultados.
Será bom que a comunicação social e pessoas eleitas e pagas pelo povo, em posições de responsabilidade, deixem de vir a público, sem qualquer pudor nem sensatez, deixar a mensagem aos delinquentes de que não têm que cumprir as leis do País, nem respeitar as autoridades mandatadas pelo Estado para as fazer cumprir. Sem mudança de comportamentos iremos tentar sobreviver em anarquia! ■
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