Em 23 de Fevereiro de 2012, o Público colocou na boca de Miguel Frasquilho o prognóstico de que é possível voltar a “crescimento positivo” em 2013. Como não estou habituado ao idioma «economês» achei graça ao conceito de crescimento positivo, que faz supor haver «crescimento negativo» e escrevi um post com o título o que é um crescimento negativo???
Agora, volta a fazer a mesma promessa para o próximo ano. Oxalá desta vez acerte, porque errou a profecia de há 20 meses. Oxalá, desta vez, acerte e a ministra das Finanças se engane. Eis o artigo de agora em que não usa o termo de economês de outrora:
Frasquilho contraria ministra das Finanças sobre impostos
Expresso. 12:38 Sexta, 25 de Outubro de 2013 Por: Liliana Coelho
O deputado do PSD admite um alívio fiscal já no próximo ano, contrariando Maria Luís Albuquerque que disse que isso só seria possível em 2015.
O deputado do PSD, Miguel Frasquilho, afirmou em entrevista à Rádio Renascença, que a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2014 deve ser melhorada e pode trazer algum alívio fiscal para os trabalhadores. "Nós teremos a preocupação, se assim for possível, de conseguir um Orçamento mais justo, um Orçamento mais equitativo com os esforços um bocadinho mais repartidos", disse Miguel Frasquilho, em declarações ao programa "Em Nome da Lei", que será transmitido no sábado.
As declarações do político contrariam o discurso da ministra das Finanças, na quarta-feira, quando garantiu, na comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Administração Pública, não haver condições para baixar os impostos no próximo ano.
Segundo o deputado social-democrata, o objetivo é aliviar o esforço financeiro dos cidadãos, caso a conjuntura o permita. "Eu gostaria de beneficiar um pouco a saúde financeira das famílias no próximo ano. Ou seja que elas não sejam tão prejudicadas. Vamos ver se será possível. Não devo, nem posso, nem quero ir mais longe nesta altura", acrescenta.
Questionado sobre se as famílias poderiam ser beneficiadas no IRS, Miguel Frasquilho limitou-se a dizer que se terá que aguardar pelo debate do Orçamento na especialidade. E garantiu que os dois partidos do Governo, PSD e CDS-PP, querem melhorar o Orçamento do Estado nesse sentido.
Maioria "empenhada" em melhorar Orçamento
"Posso garantir que grupo parlamentar do PSD, e não quero falar do CDS - mas estou aqui a representar também em certa medida a maioria - os dois partidos estarão ambos muito empenhados nessa direção", sublinhou.
A ministra das Finanças, no entanto, no Parlamento, foi afirmativa: "Ainda não tivemos condições em 2014 para baixar a carga fiscal, esperamos que no orçamento de 2015 seja possível ter um pouco mais de folga para reduzir a carga fiscal que afeta os trabalhadores".
No dia 15 de outubro, quando foi apresentada a proposta do OE 2014, Miguel Frasquillho já tinha admitido que o Orçamento era "extremamente duro e exigente", mas garantia que continuava a ser a melhor alternativa para o país.
"Quaisquer outras soluções, como apregoar não pagar, sair do euro, e não cumprir, seriam todas elas extraordinariamente mais gravosas para todos, do que o cumprimento do Orçamento do Estado para 2014. Para que possamos, como todos ambicionamos, ver a troika fora do país em junho do próximo ano", declarou nessa altura.
Imagem de arquivo
Agora, volta a fazer a mesma promessa para o próximo ano. Oxalá desta vez acerte, porque errou a profecia de há 20 meses. Oxalá, desta vez, acerte e a ministra das Finanças se engane. Eis o artigo de agora em que não usa o termo de economês de outrora:
Frasquilho contraria ministra das Finanças sobre impostos
Expresso. 12:38 Sexta, 25 de Outubro de 2013 Por: Liliana Coelho
O deputado do PSD admite um alívio fiscal já no próximo ano, contrariando Maria Luís Albuquerque que disse que isso só seria possível em 2015.
O deputado do PSD, Miguel Frasquilho, afirmou em entrevista à Rádio Renascença, que a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2014 deve ser melhorada e pode trazer algum alívio fiscal para os trabalhadores. "Nós teremos a preocupação, se assim for possível, de conseguir um Orçamento mais justo, um Orçamento mais equitativo com os esforços um bocadinho mais repartidos", disse Miguel Frasquilho, em declarações ao programa "Em Nome da Lei", que será transmitido no sábado.
As declarações do político contrariam o discurso da ministra das Finanças, na quarta-feira, quando garantiu, na comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Administração Pública, não haver condições para baixar os impostos no próximo ano.
Segundo o deputado social-democrata, o objetivo é aliviar o esforço financeiro dos cidadãos, caso a conjuntura o permita. "Eu gostaria de beneficiar um pouco a saúde financeira das famílias no próximo ano. Ou seja que elas não sejam tão prejudicadas. Vamos ver se será possível. Não devo, nem posso, nem quero ir mais longe nesta altura", acrescenta.
Questionado sobre se as famílias poderiam ser beneficiadas no IRS, Miguel Frasquilho limitou-se a dizer que se terá que aguardar pelo debate do Orçamento na especialidade. E garantiu que os dois partidos do Governo, PSD e CDS-PP, querem melhorar o Orçamento do Estado nesse sentido.
Maioria "empenhada" em melhorar Orçamento
"Posso garantir que grupo parlamentar do PSD, e não quero falar do CDS - mas estou aqui a representar também em certa medida a maioria - os dois partidos estarão ambos muito empenhados nessa direção", sublinhou.
A ministra das Finanças, no entanto, no Parlamento, foi afirmativa: "Ainda não tivemos condições em 2014 para baixar a carga fiscal, esperamos que no orçamento de 2015 seja possível ter um pouco mais de folga para reduzir a carga fiscal que afeta os trabalhadores".
No dia 15 de outubro, quando foi apresentada a proposta do OE 2014, Miguel Frasquillho já tinha admitido que o Orçamento era "extremamente duro e exigente", mas garantia que continuava a ser a melhor alternativa para o país.
"Quaisquer outras soluções, como apregoar não pagar, sair do euro, e não cumprir, seriam todas elas extraordinariamente mais gravosas para todos, do que o cumprimento do Orçamento do Estado para 2014. Para que possamos, como todos ambicionamos, ver a troika fora do país em junho do próximo ano", declarou nessa altura.
Imagem de arquivo
1 comentário:
Estas promessas de Frasquilho não aparecem por acaso. Tanto Frasquilho como a ministra das Finanças, embora não coincidindo nos prazos, estão a levantar o véu da velha táctica de apertar os cintos dos cidadãos o mais possível até dois anos antes das eleições para que um ano antes possam aliviar a fim de criar uma ilusão de que são bons governantes, dedicados ao bem dos eleitores, defendendo os interesses do povo, etc. Isto com uma boa actividade de marketing, de que estes dois agentes já deram o sinal de partida, acaba por conquistar votos porque a maioria do povo não tem memória nem uma visão curiosa e atenta. Nem reparam que a austeridade podia não ter sido tão dura e que o foi só para permitir desapertar um furo do cinto uns meses antes da campanha eleitoral. A ministra ao adiar o momento do desaperto esqueceu que as eleições são em meados de 2015, e por isso Frasquilho saltou com a ideia de justificar a antecipação para o decurso de 2014. Nada acontece por acaso e estes tipos usam de todos os meios para a lavagem ao cérebro dos cidadãos mais cândidos.
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