O Secretário de Estado da Saúde, Fernando Leal da Costa, disse que «é preciso que as pessoas façam alguma coisa para que recorram menos aos serviços» do SNS» porque, «por mais impostos que possamos cobrar aos cidadãos, o SNS, mais tarde ou mais cedo, será insustentável».
Tenho lido e ouvido muito sobre as vantagens pessoais e sociais da «medicina preventiva» mas, apesar da insensibilidade dos actuais governantes em relação às pessoas e aos respectivos problemas, não esperava esta argumentação de tão alta entidade. O meu espanto vai ao ponto de pensar que isto possa ter sido uma brincadeira da Comunicação Social, porque ou esta forma de dizer as coisas tem intenções humorísticas ou, por outro lado, poderá ser interpretada como uma preparação para em breve ser criada legislação para a eutanásia que, depois, passará a obrigatória para as doenças mais caras ao Estado e, mais tarde, para todos os inactivos logo que adoeçam (ver aqui, aqui, aqui, aqui e aqui).
Realmente os impostos são insuficientes para suportar todos os sanguessugas que vivem à larga à custa do Estado (com pensões milionárias e acumuladas, nas fundações, nos observatórios, nas empresas e nas instituições públicas e autárquicas, como assessores e especialistas nos gabinetes dos governantes, nas PPP, nas empresas de consultadoria que trabalham para o Governo, etc. etc.). Mas, em democracia e num Estado civilizado regido por valores morais éticos, humanitários, seria mais ético, mais moral, mais democrático, que o dinheiro dos impostos revertesse prioritariamente para benefício directo dos contribuintes e dos cidadãos mais carentes, finalidade que deveria estar acima das mordomias e dos interesses das sanguessugas do feudalismo dos grupos económicos.
Afinal para que pagamos impostos? Será apenas para recapitalizar bancos mal geridos e empresas e instituições destinadas apenas a dar salários e regalias a tentáculos do polvo?
Imagem de arquivo
Tenho lido e ouvido muito sobre as vantagens pessoais e sociais da «medicina preventiva» mas, apesar da insensibilidade dos actuais governantes em relação às pessoas e aos respectivos problemas, não esperava esta argumentação de tão alta entidade. O meu espanto vai ao ponto de pensar que isto possa ter sido uma brincadeira da Comunicação Social, porque ou esta forma de dizer as coisas tem intenções humorísticas ou, por outro lado, poderá ser interpretada como uma preparação para em breve ser criada legislação para a eutanásia que, depois, passará a obrigatória para as doenças mais caras ao Estado e, mais tarde, para todos os inactivos logo que adoeçam (ver aqui, aqui, aqui, aqui e aqui).
Realmente os impostos são insuficientes para suportar todos os sanguessugas que vivem à larga à custa do Estado (com pensões milionárias e acumuladas, nas fundações, nos observatórios, nas empresas e nas instituições públicas e autárquicas, como assessores e especialistas nos gabinetes dos governantes, nas PPP, nas empresas de consultadoria que trabalham para o Governo, etc. etc.). Mas, em democracia e num Estado civilizado regido por valores morais éticos, humanitários, seria mais ético, mais moral, mais democrático, que o dinheiro dos impostos revertesse prioritariamente para benefício directo dos contribuintes e dos cidadãos mais carentes, finalidade que deveria estar acima das mordomias e dos interesses das sanguessugas do feudalismo dos grupos económicos.
Afinal para que pagamos impostos? Será apenas para recapitalizar bancos mal geridos e empresas e instituições destinadas apenas a dar salários e regalias a tentáculos do polvo?
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1 comentário:
Interessante o artigo de opinião que se transcreve:
Leal, o Eugénio
Correio da Manhã. 31-12-2012. Por: Manuel Catarino, Subdirector
O secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde, Leal da Costa, é um tipo divertido. Gosta de humor negro.
Contou-nos que há portugueses com uma mania perigosa: adoecem. E há muitos que sobrevivem e lá se vão aguentando até muito tarde. Leal da Costa não vê grande futuro num país assim – onde há gente que adoece e a esperança de vida é relativamente longa.
O Serviço Nacional de Saúde não tem liquidez para tratar tanta doença e a Segurança Social está à beira da falência com tanta pensão. Leal da Costa pede uma nova atitude aos portugueses: adoeçam menos e não cheguem a velhos. O secretário de Estado propõe, a bem dizer, a solução final da eugenia.
É um tipo divertido.
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