(Public em DIABO nº 2349 de 07-01-2022 pág 16. Por António João Soares)
A evolução é natural, faz parte da vida, mas deve ser ponderada, com
objectivos bem analisados quanto aos efeitos em relação às alterações da vida
que pode originar ou condicionar.
As fantasias, como as sombras contêm uma imagem diáfana da verdade, tal
como os Deuses que os filósofos da antiguidade criaram para os apoiarem na
descoberta da verdade. Havia deuses dos astros, dos fenómenos da Natureza e de
muitas outras coisas. Mas o desenvolvimento do saber cresceu e, depois, apareceu
o monoteísmo e, agora, estamos a caminho de tudo se resolver com o «iphone» e
outras novidades. E, por isso, por tal evolução exageradamente lesiva da
natureza, surgiram as pandemias que, segundo pensadores actuais, anunciam para
breve o fim da vida no planeta. A «cintura de Van Allen» que vigia o espaço
onde se situa o sistema solar detecta variações das condições aéreas, e é
sensível a variações provocadas pela poluição por gases perigosos, radiações
electromagnéticas, humidade etc.
Há quem preveja a extinção da vida e, depois, a espécie que
substituirá o homem terá de criar o seu inicial esquema de vida, tal como o
«homo sapiens» criou o seu, a partir do nada. Mas o actual ser «inteligente»
que devia procurar manter-se vivo, continua condicionado pelos seus abusos
contra a Natureza e prossegue com o vício da ambição sem pensar nos perigos que
acarreta contra o mundo em que vive.
Há sinais de que muitos governantes de grandes países estão preocupados em
combater as alterações climáticas, mas as medidas que pretendem tomar são mais
pensadas em função dos negócios do que nos efeitos desejados de melhorar a
Natureza. Não querem encarar as piores poluições que podem fazer parte da sua
causa. Repare-se nos riscos que os carros eléctricos estão a provocar à
Natureza com a produção de energia necessária para os manter em funcionamento.
Pense-se também nas modernas tecnologias exageradamente produtoras de poluição
atmosférica com o exagerado aumento de radiações electromagnéticas, pelo
aumento de automatismos, com sensores para tudo e para nada, como os dos
automóveis para avisar de proximidade de obstáculos durante o estacionamento, o
GPS, etc. As portas que se abrem automaticamente quando uma pessoa se aproxima,
etc. Tudo isso, e com os telemóveis e satélites retransmissores que enchem a
atmosfera que nos cerca, provoca que cada ponto do nosso corpo seja
permanentemente atingido por biliões de radiações emitidas de qualquer parte do
globo.
Mas os perigos não ficam por aí, pois já se pensa em obter água potável da
atmosfera, para suprir a sua carência para consumo nas áreas mais secas, onde
as pessoas têm de a ir procurar a grandes distâncias e muitas vezes sem boa
qualidade para a alimentação saudável. Já vi anúncios de um fabricante que tem
modelos de diversas capacidades para todo o tipo de consumidores.
E depois de isto levado ao exagero habitual, deixa de haver chuva, a
temperatura do ar aumenta a vegetação seca, a vida torna-se impossível. Mas os
superinteligentes que se «dedicam» a lutar contra as alterações climáticas não
falam nisto, porque carecem de capacidade de raciocínio e de saber e não querem
desgostar os industriais que estão a enriquecer com os avanços das suas
tecnologias.
Os políticos em vez de ponderarem seriamente estes aspectos, agem
submetidos a interesses secundários, indiferentes ao verdadeiro interesse
nacional, como a ambição de manter o poder, o enriquecimento dos familiares e
amigos, a protecção de grandes industriais, etc.
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