sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

DEVEMOS REAGIR PARA UM FUTURO MELHOR

 

((Public em DIABO nº 2350 de 14-01-2022 pág 16. Por António João Soares)

Encontramo-nos numa época de reflexão em que não podemos cruzar os braços, perante situações que exigem decisões conscientes. Passado o Natal e o início deste ano, todos temos o dever de reflectir sobre a forma de procurar ultrapassar a estagnação que nos tem atingido gravemente, impedindo o desenvolvimento económico e social, e isso exige o conhecimento das realidades que a têm condicionado e a procura de soluções adequadas. Não é problema fácil e exige que, todos e cada um, nos sintamos responsáveis por nos concentrarmos a meditar no interesse nacional e evitarmos conflitos belicosos a fim de ajudarmos, dentro das nossas possibilidades, na procura do melhor percurso, para ser encontrada a solução mais adequada para o Portugal de amanhã ser o melhor local para viver, trabalhar e conviver.

Segundo a principal oração da nossa igreja, devemos merecer o «pão de cada dia», sem ambição e com responsabilidade de não gastar mais do que o necessário; devemos saber compreender os outros e perdoar mutuamente os pequenos erros; evitar cair em tentação de abusar do poder e do dinheiro público que, sendo de todos os cidadãos, não deve ser desviado para bolsos particulares nem gasto em fantasias sem utilidade sustentável.

Mas as reflexões inspiradas por esta época são muito amplas, pois estamos sob a ameaça da pandemia que exige, de cada pessoa, especiais cuidados para sua defesa e para não pôr em risco a saúde de familiares, amigos e colegas. Começar por cuidados de prevenção, evitando ajuntamentos, usando máscara, desinfectando as mãos, fazendo testes, tomando vacinas, cumprindo regras, seguindo os conselhos de técnicos responsáveis, etc. Para resistir a um vírus, é necessário um comportamento individual rigoroso, sem o qual não se pode esperar a redução de transmissão de infecções por contágio.

Perante o problema do vírus e das limitações da nossa liberdade que sobem e descem, é difícil esperar decisões correctas e adequadas aos inesperados problemas que possam surgir. É indispensável que todos os portugueses tenham noção das suas responsabilidades perante as realidades que se lhes deparam e, dentro das suas possibilidades, devem agir da forma mais adequada que lhes surgir, em conformidade com a situação que observem.

Estas reflexões em ambiente de competição eleitoral sugerem que precisamos de usar de respeito pelos outros, de moderação, ética e elevação, para não serem cavadas divisões e atritos nefastos, quando é necessária serenidade para serem meditadas as melhores formas de preparar o futuro colectivo e, portanto, do melhor sentido de voto. Não podemos ser agressivos e teimosos, porque os próximos tempos são marcados por incertezas e dúvidas. E, se a continuação da estagnação não interessa, a escolha de novas soluções de mudança exige profunda reflexão, a partir de propostas bem credíveis e feitas por concorrentes que mereçam confiança quanto à adequada concretização. De promessas inconsequentes está o inferno cheio.

Para que a nossa vida continue, é essencial que cuidemos da nossa saúde com o máximo rigor no cumprimento das medidas preventivas da higiene pessoal, evitando situações de perigo de contágios e darmos a colaboração possível para que, dentro das realidades, contribuamos para o desenvolvimento da economia nacional, para o melhor funcionamento dos cuidados de saúde e para o serviço de educação a fim de as próximas gerações terem sensatez e realismo, sabendo reagir a problemas ocasionais da forma mais correcta e adequada, sem fantasias lunáticas. Em contactos com pessoas mais ligadas a estes sectores convém darmos opiniões, sugestões ou fazermos críticas sensatas sobre algo que nos pareça menos adequado. Por vezes, simples palavras podem ter grande efeito nas reflexões de especialistas que estejam a congeminar soluções.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

A EVOLUÇÃO DEVE SER PONDERADA

 (Public em DIABO nº 2349 de 07-01-2022 pág 16. Por António João Soares)

A evolução é natural, faz parte da vida, mas deve ser ponderada, com objectivos bem analisados quanto aos efeitos em relação às alterações da vida que pode originar ou condicionar.

As fantasias, como as sombras contêm uma imagem diáfana da verdade, tal como os Deuses que os filósofos da antiguidade criaram para os apoiarem na descoberta da verdade. Havia deuses dos astros, dos fenómenos da Natureza e de muitas outras coisas. Mas o desenvolvimento do saber cresceu e, depois, apareceu o monoteísmo e, agora, estamos a caminho de tudo se resolver com o «iphone» e outras novidades. E, por isso, por tal evolução exageradamente lesiva da natureza, surgiram as pandemias que, segundo pensadores actuais, anunciam para breve o fim da vida no planeta. A «cintura de Van Allen» que vigia o espaço onde se situa o sistema solar detecta variações das condições aéreas, e é sensível a variações provocadas pela poluição por gases perigosos, radiações electromagnéticas, humidade etc.

 Há quem preveja a extinção da vida e, depois, a espécie que substituirá o homem terá de criar o seu inicial esquema de vida, tal como o «homo sapiens» criou o seu, a partir do nada. Mas o actual ser «inteligente» que devia procurar manter-se vivo, continua condicionado pelos seus abusos contra a Natureza e prossegue com o vício da ambição sem pensar nos perigos que acarreta contra o mundo em que vive.

Há sinais de que muitos governantes de grandes países estão preocupados em combater as alterações climáticas, mas as medidas que pretendem tomar são mais pensadas em função dos negócios do que nos efeitos desejados de melhorar a Natureza. Não querem encarar as piores poluições que podem fazer parte da sua causa. Repare-se nos riscos que os carros eléctricos estão a provocar à Natureza com a produção de energia necessária para os manter em funcionamento. Pense-se também nas modernas tecnologias exageradamente produtoras de poluição atmosférica com o exagerado aumento de radiações electromagnéticas, pelo aumento de automatismos, com sensores para tudo e para nada, como os dos automóveis para avisar de proximidade de obstáculos durante o estacionamento, o GPS, etc. As portas que se abrem automaticamente quando uma pessoa se aproxima, etc. Tudo isso, e com os telemóveis e satélites retransmissores que enchem a atmosfera que nos cerca, provoca que cada ponto do nosso corpo seja permanentemente atingido por biliões de radiações emitidas de qualquer parte do globo.

Mas os perigos não ficam por aí, pois já se pensa em obter água potável da atmosfera, para suprir a sua carência para consumo nas áreas mais secas, onde as pessoas têm de a ir procurar a grandes distâncias e muitas vezes sem boa qualidade para a alimentação saudável. Já vi anúncios de um fabricante que tem modelos de diversas capacidades para todo o tipo de consumidores.

E depois de isto levado ao exagero habitual, deixa de haver chuva, a temperatura do ar aumenta a vegetação seca, a vida torna-se impossível. Mas os superinteligentes que se «dedicam» a lutar contra as alterações climáticas não falam nisto, porque carecem de capacidade de raciocínio e de saber e não querem desgostar os industriais que estão a enriquecer com os avanços das suas tecnologias.

Os políticos em vez de ponderarem seriamente estes aspectos, agem submetidos a interesses secundários, indiferentes ao verdadeiro interesse nacional, como a ambição de manter o poder, o enriquecimento dos familiares e amigos, a protecção de grandes industriais, etc.