sexta-feira, 26 de novembro de 2021

DELITO DE POSSE ILEGAL DE ARMA

 (Public em DIABO nº 2343 de 26-11-2021, pág 16. Por António João Soares)

Li há pouco uma notícia de uma detenção por posse ilegal de arma. Porém, parece estar incompleta a definição de arma para este efeito, pois os drones constituem uma arma mais ameaçadora e perigosa do que uma «navalha de ponta e mola» e há muitos por aí espalhados sob o pretexto de serem objectos de brincadeira, mas que podem ser dirigidos ao interior de edifícios e produzir mais estragos do que muitas armas de guerra, pois podem ser transportadores de explosivos muito destruidores.

Há poucos dias, o Primeiro Ministro do Líbano, estando em casa, foi alvo de três drones sendo dois interceptados por elementos da sua segurança, e o terceiro acabando por explodir dentro da residência, por acaso, em ponto em que os estilhaços não produziram vítimas. Poucos dias depois, um outro político sentiu-se visado por outro brinquedo semelhante. As Forças de Segurança devem ser apoiadas em legislação que lhes permita impedir a posse e uso de tais espécies de armamento altamente perigoso embora, haja situações autorizadas e devidamente comprovadas, em que possa ter utilizações muito úteis.

Vi na Internet um caso altamente positivo da utilização de objecto destes. Uma jovem fazia companhia a um idoso com o qual efectuava um pequeno passeio nas proximidades da residência e que, inesperadamente, teve um problema cardíaco e ficou inanimado. Ela ligou pelo telemóvel para o serviço de socorro e este respondeu que se afastasse um pouco dele esperasse poucos minutos pelo socorro e, depois de este chegar, seguisse as instruções que ia receber. Pouco depois chegou, ao ponto de onde foi feito o pedido, um drone com o equipamento de socorro, e ela foi orientada para manusear o equipamento e, passados poucos segundos, o idoso estava a respirar e a mover-se.

Para efeitos de socorro, isto constitui uma inovação preciosa e, por isso, cada utilizador deve ser credenciado e devidamente fiscalizado a fim de evitar os efeitos indesejáveis que pessoas mal intencionadas possam causar, como os actos terroristas para abater pessoas de excepcional relevância política ou odiadas por outros motivos.

As inovações de que tantos maus usos são feitos em prejuízo da população e da natureza, como tem sido muito publicitado quando se fala de alterações climáticas, devem ser devidamente controladas e fiscalizadas com a finalidade de serem utilizadas apenas em benefício dos humanos e de outros elementos naturais. Uma de tais preocupações de que pouco se fala consiste na redução da produção de radiações electromagnéticas, principalmente com sistemas automáticos sem uma utilidade que seja indispensável ou cujo benefício não seja superior ao mal que vão provocar com a poluição atmosférica que, depois de acumulada pelo exagero de utilização, vão contribuir para a indesejável alteração climática e outros efeitos atmosféricos como o pouco falado contributo para epidemias e pandemias.

Como já aqui referi, alguns cientistas têm falado de coincidências entre as epidemias que nos têm atacado desde há mais de um século, com as fases de agravamento da produção de radiações electromagnéticas. Desde a electrificação das localidades, ao aparecimento das telecomunicações e, recentemente, a divulgação dos telemóveis, dos radares, sensores, e  a utilização de radares e comandos à distância.

Na realidade, cada ponto do planeta e cada um de nós é permanentemente atingido por radiações vindas de milhões ou biliões de origens. Uma chamada de telemóvel irradia para o espaço, atingindo tudo e todos em todas as direcções. Os sensores do carros actuais que detectam a proximidade de um obstáculo irradiam permanentemente para o espaço. A porta que se abre à nossa passagem, também tem um sensor a poluir ou envenenar o espaço que o circunda.

Enfim, as inovações utilizadas despreocupadamente, constituem um envenenamento da atmosfera a qual depois reage através da sua Cintura de Van Allen com aquilo que hoje se chama de alterações climáticas.

Sem comentários: