domingo, 16 de maio de 2010

Jovens ao poder

Decidir, planear, programar, é uma actividade de previsão, portanto, não para ontem nem para hoje, é para amanhã, para o futuro. A preparação do futuro deve, por isso, ser tarefa de quem o vai viver, dos jovens e não dos idosos em fim de carreira. Há poucas semanas antes das eleições para um partido, em conversa de várias pessoas, havia quem defendesse o mais jovem por estar menos contaminado das manhas e vícios vulgarizados na vida política partidária em que são ignorados os objectivos nacionais e se argumenta apenas em ganhos de votos.

Mas houve quem quisesse defender que era precisa mais experiência, ao que o outro respondia que experiência, neste caso, só significa viciação nas manhas e tricas mesquinhas da vida inter-partidária, ambição, egoísmo, arrogância, desejo de enriquecimento mas, pelo contrário, é precisa capacidade de inovação, sentido prático na análise dos problemas com vista a melhorar a vida dos portugueses, e porque os jovens de hoje serão os que beneficiarão ou sofrerão as consequências das boas ou más decisões de hoje.

Então que sejam os jovens a avançar para tomarem as rédeas do poder e começarem por se preparar para o utilizar da melhor forma para bem do País. Que o façam ponderadamente, sem aventureirismos loucos, mas com capacidade para arriscar de forma bem calculada, investindo para obter resultados necessários, úteis e remuneradores, isto é com rentabilidade para o desenvolvimento do País.

Tem aqui sido feito a apologia da geração com menos de 40 e tem sido dado realce a casos de jovens com valor, para criar esperança no Portugal de amanhã, num momento em que as pessoas carecem dessa virtude.

Agora é motivo de regozijo o título da notícia Cameron é o mais jovem primeiro-ministro desde 1812, não pela sua posição no leque partidário, mas apenas pela juventude. Quando se tem dedicação ao País, aos interesses nacionais, a cor política tem pouco peso e isso foi verificado por decisões do governo trabalhista mais de direita do que as tomadas no mesmo tema pela primeira-ministra conservadora Margaret Thatcher. É que, numa democracia bem consolidada, acima dos interesses dos partidos estão os interesses nacionais, os quais devem ser avaliados conforme as circunstâncias condicionantes e determinantes. Um grande investimento que há meia dúzia de anos poderia ter sido uma óptima disposição, hoje se bem avaliado pode ser considerado um erro crasso, como o de um pobre comprar para ostentação um carro Aston Martin ou um Ferrari, a prestações.

A David Cameron, com 43 anos, desejamos o maior êxito para que o seu exemplo de sucesso seja estímulo aos jovens e motivo de esperança de um futuro melhor.

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